segunda-feira, 30 de março de 2015

O que eu faço? O cliente prefere o produto do concorrente!


O que faz um produto ser bom ou ruim? Como funciona essa percepção na cabeça do consumidor?

O básico para que qualquer produto seja considerado aceitável é cumprir bem a finalidade proposta pelo fabricante. Por esse princípio, um absorvente deve absorver, um carro transportar pessoas, uma lavadora lavar, uma TV captar imagens e assim por diante. 

Mas como posso diferenciar o meu produto de outros que têm a mesma finalidade e a mesma qualidade? Aí que entra o marketing com seus truques, produzindo a chamada Imagem de Marca.

Esse conceito é antigo, vem de meados dos anos 50, e se propõe a posicionar o produto de forma a diferenciá-lo de seus concorrentes, perante a percepção dos consumidores.

Algumas marcas trabalham tão bem a sua imagem que, mesmo depois de desaparecerem do mercado, permanecem presentes na nossa lembrança por gerações. Quem não se lembra da Varig, Vasp, Compaq, Bamerindus, Banco Nacional, Mappin, Mesbla, Atari, e por aí vai.

Outras, mesmo trabalhando duro para conquistar um lugar ao sol, pisam na bola em algum momento do processo e passam anos tentando limpar a mancha causada pelo episódio. Poderia citar vários exemplos, porém, não vou cometer tal indiscrição.

Os próprios marqueteiros, publicitários e fornecedores da área, quando no papel de consumidores, também são influenciados por essa percepção. Até pouco tempo, se você levasse um arquivo fechado para impressão e dissesse à gráfica que havia sido feito em PC, o pessoal teria chiliques homéricos. Não importava se fosse finalizado em Pagemaker, Quark ou Illustrator. O padrão deveria ser MacIntosh e não importava que o resultado final fosse tão bom quanto. Para eles, nenhum trabalho teria a menor chance de vingar, se viesse de um PC.

Esse sentimento, com ou sem fundamento, faz parte do ser humano. Você só se associa em quem confia ou tem afinidade.
Mais um exemplo de quanto uma imagem bem trabalhada fascina. Lembro-me de uma apresentação a um cliente, em que levei um MacBook. O aparelho já não era uma grande novidade, porém, assim mesmo, foi uma experiência frustrante. Estava entusiasmado em mostrar minhas ideias e disposto a responder qualquer dúvida a respeito das mesmas, porém, o diretor da empresa e seu assistente fizeram mais perguntas sobre o aparelho, do que sobre a minha exposição. É essa fascinação que uma marca bem trabalhada provoca nas pessoas.

No entanto, é bom saber que mesmo aqueles produtos considerados de indiscutível qualidade, também apresentam problemas. Tem uma brincadeira que eu gosto de fazer e que eu convido o leitor a praticar. Sabe esses sites de reclamação? Jogue o nome das suas marcas preferidas. Não importa qual o ramo de atividade. Você vai se surpreender com a quantidade e o tipo de reclamações que aparecerão, constatando que nenhum produto ou empresa está imune a falhas.

A ideia deste comentário surgiu de um vídeo que vi na internet e que pode ser acessado no link abaixo. Nele, um garotinho de seis anos mostra todo o seu conhecimento de geografia, em um talk show americano. Ao final da entrevista, em rede nacional, o menino recusa os presentes dos patrocinadores, entre eles um moderno tablet, fabricado por uma das maiores empresas do segmento de tecnologia.

A justificativa: Ele já havia acertado com os pais que no Natal ganharia aquele outro aparelho da concorrente mais famosa.

Pois é, o patrocinador vai fazer o quê?



Para assistir, clique aqui



sábado, 21 de março de 2015

A Margem de Erro dos Institutos de Pesquisa.

Aproveitando as manifestações da última semana, hoje vou tocar em um assunto que me preocupa. E já faz algum tempo. Não meu caro leitor, eu não pretendo falar sobre política. Mas, por outro lado, é algo relacionado.

Nas manifestações de sexta 13/03/2015 foram contabilizados pela PM, 12 mil participantes, e nas de 15/03/2015, cerca de 1 milhão de pessoas. Também de acordo com o noticiário, o método utilizado pela polícia reunia filmagem do percurso por helicóptero e o pressuposto de que em cada metro quadrado cabiam 5 pessoas.

Já o DataFolha, apresentou  procedimento distinto. Um método complicado, no qual tentava contar não apenas aqueles que estavam nas manifestações, mas também os que entravam e saíam do evento. Através desse procedimento, criaram a expectativa de que os números finais seriam superiores aos da PM.  Porém isso só aconteceu em uma das passeatas. Segundo o Instituto de Pesquisas, a manifestação da CUT teve 41 mil participantes, e a do dia 15, incríveis 210 mil. Digo incríveis, pois, dei uma passada por lá e vi um mar de gente amontoada por todos os cantos, que a cada chegada de um trem do metrô, se tornava maior. 

Quando questionado, o DataFolha afirmou que a diferença absurda aconteceu por adotar um método que não contabilizava a multidão que também se espremia nas ruas adjacentes a Paulista.

Além desse episódio, lembro-me das pesquisas eleitorais dos últimos anos.  Os institutos garantiam que não haveria segundo turno e erraram feio.

Depois dessa rápida introdução chego ao tema do meu comentário. Até que ponto um Instituto de Pesquisa pode nos levar a conclusões erradas. Seja pelo equivoco do método escolhido, seja pela condução tendenciosa.

Na juventude, presenciei pesquisas de campo - de institutos importantes na época  - onde o entrevistador direcionava as entrevistas com a intenção de cumprir as metas que lhe foram estabelecidas, sem se preocupar com o prejuízo a veracidade da informação. Ou, quando ganhavam por questionário preenchido, adequavam as respostas para que o maior número de entrevistados passassem por todos os filtros estabelecidos. Era o tipo do procedimento ganha-ganha, onde o pesquisador validava o formulário, garantindo a sua comissão e o pesquisado ganhava o premio destinado a quem chegasse até o fim. O único perdedor era o contratante.

Outra falha comum aparecia logo no enunciado. Dependendo da classe social a que estivesse direcionada, a formulação da pergunta podia conter uma afirmação que tornava a resposta tendenciosa. Como se fosse uma verdade irrefutável, intimidando a discordância do entrevistado.

É certo que novos procedimentos foram incorporados às pesquisas justamente para evitar esse tipo de ruído, porém, antes de contratar um instituto, é bom conhecer seus métodos, seu currículo e suas referencias. No entanto, mesmo com esses cuidados, é preciso ter em mente que: ninguém é totalmente isento; que o pessoal de campo geralmente é mal remunerado; e que não é fácil encontrar pessoas (de um universo especifico) dispostas a doar seu tempo para responder perguntas - que muitas vezes parecem não fazer sentido - sem que haja uma contrapartida atraente.


Pergunta: Qual dos amigos (as) estaria disposto a perder de quinze a quarenta minutos em uma pesquisa virtual, onde você pode ficar: muito interessado, interessado, indiferente, pouco interessado ou nada interessado, em concorrer a uma câmera digital ou Smartphone? Algum leitor que tenha participado de semelhante pesquisa, foi sorteado ou conhece alguém que tenha sido?




sábado, 14 de março de 2015

TOP 10 dos Virais: Primeiro Colocado

E o TOP 1 dos virais do YouTube vai para: Rovio. Rovio? Sim. A criadora do game Angry Birds. Apesar de não ser o meu favorito, este viral e seus oito irmãos foram os vídeos mais comentados e compartilhados na rede.

 

1º Colocado:

Cliente: Rovio

Produto: Angry Birds


A guerra entre Porcos e Pássaros tornou o nome Rovio famoso no mundo inteiro. A febre desse joguinho invadiu tablets, smartphones e computadores. O filme vencedor mostra o início da famosa guerra, dando a ela uma visão cinematográfica. 




sábado, 7 de março de 2015

TOP 10 dos Virais: Segundo Colocado

O viral que detém a medalha de prata merecia a dourada. Aliás, ficou com ela por um bom tempo e até foi incluído no Guinness Book. Mas se o que interessa é a eficácia, ele contribuiu para o aumento de 7% nas vendas do produto na França, seu país de origem, e abocanhou mais 13% do market share no Reino Unido e 7% no Canadá.

2º Colocado:

Cliente: Evian

Produto: Água Mineral Evian

Agência: BETC Euro RSCG, Paris


Em junho de 2009, foi lançada a campanha com dois teasers virais “Baby Moonwalk” e “Baby Breakdance” postados no YouTube e blogs em todo mundo. Em 3 de julho é estreia do “Rollerbabies” nos principais mercados da Evian (França, Reino Unido, EUA, Canadá, Alemanha, Japão e Belgica). Depois disso virou história, os babies conquistaram o mundo.



domingo, 1 de março de 2015

TOP 10 dos Virais : Terceiro Colocado

E a Medalha de Bronze dos comerciais mais vistos no YouTube vai para: a Volkswagen. O curioso é que, originalmente criado para a Tv, o filme online possui o dobro do tempo da versão destinada à telinha – Um minuto contra trinta segundos.

3º Colocado:


Cliente: Volkswagen

Produto: Volkswagen Passat

Agência: Deutsch L.A.



O comercial foi programado para estrear durante o intervalo do Super Bowl XLV, em 2011. Porém, no YouTube, ele apareceu uma semana antes e teve um milhão de visualizações já nos primeiros dias. No dia programado para a primeira exibição na TV, a peça já havia atingido a marca de oito milhões de acessos.