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terça-feira, 21 de abril de 2015

O Efeito Christian Figueiredo e Rafael Moreira

Começarei o artigo de hoje com uma revelação bombástica: A Internet Transformou a Nossa Vida!

Calma, calma, parece óbvio, mas muitas vezes não conseguimos enxergar o tamanho da revolução que está acontecendo bem debaixo do nosso nariz.

Depois da web, mudamos a forma de nos comunicar, de nos informar, de nos divertir, de assistir nossos filmes, programas e séries favoritas. E nos adaptamos rapidamente, assimilando as novidades que surgem todos os dias, como se tivessemos feito isso a vida inteira.

Para acompanhar essa rápida e vigorosa mudança, exige-se mais dos profissionais de comunicação e marketing de hoje do que se exigia nas décadas passadas.  Se não houver um “update” constante em relação à rede, com certeza, diversas oportunidades de ações e negócios serão perdidas.  Pior para os profissionais, para seus clientes e melhor para a concorrência.

Calma, calma, mais uma vez! Pode parecer que continuo afirmando o óbvio! Então, vou exemplificar citando o “case" que envolve Rafael Moreira, 18 anos e Christian Figueiredo, 20 anos. Se esses dois nomes não significam nada para você, a luz vermelha acaba de ser acesa. Pergunte a qualquer adolescente e ele dirá quem são esses ilustres desconhecidos.

O primeiro, ganhou fama com um canal de relacionamentos no YouTube, reunindo 2,5 milhões de seguidores pelas redes sociais. O faturamento mensal do garoto é de 3.000 a 10.000 reais*.

O segundo, também no YouTube, possui um canal voltado a jogos e brincadeiras, e é seguido por cerca de 4,2 milhões de pessoas, arrecadando mensalmente entre 20.000 e 60.000 reais*.

Se você acha esses números impressionantes, veja o que vem a seguir.

Os dois sonhavam em lançar seus próprios livros, contando as poucas experiências de vida que tiveram até então. Pense bem, que editora aceitaria correr esse risco?

Os rapazes procuraram a Editora Novo Conceito e convenceram-na a contratá-los, utilizando o seguinte artifício: através do Instagram, informaram que estariam na Bienal do Livro, no estande da Novo Conceito, em tal dia e hora.

Pouco antes do horário marcado, dúzias e dúzias de adolescentes surgiram de todos os cantos, ansiosos em ver seus ídolos, superlotando o local.

Diante de tamanho fenômeno, a editora fechou com os dois amigos e se deu bem. O livro “Eu Fico Loko” de Christian é atualmente o mais vendido na categoria Não Ficção e “O Diário de um Adolescente Apaixonado”, de Rafael, é o sétimo. Nada mal para quem só é conhecido via internet.

Veja outro bom exemplo de um jovem fenômeno da net que, apesar de não ser tão maduro quanto os anteriormente citados, fatura bem mais do que os dois juntos. O nome dele é Evan e tem apenas 9 anos de idade. Ele possui três canais no YouTube com mais de 1 bilhão de visualizações.

Em seus vídeos, o garoto faz uma resenha de brinquedos e formas de brincar com eles. Seu carisma é tamanho que Evan atraiu a atenção de grandes patrocinadores como Lego, Hot Wheels, Kinder Ovo e Angry Birds e chega a faturar mais de 1 milhão de dólares por ano**!

Papai e mamãe devem estar muito orgulhosos com o seu pimpolho! E talvez você nem soubesse da existência dele..

Por isso, amigas e amigos. Fiquem de mente e olhos bem abertos para as novidades da web. Com a abrangência e o baixo custo que ela oferece, nunca se sabe de onde virá o próximo pulo do gato.


Para ver um vídeo de Evan, clique aqui



*(Fonte: Revista Veja)
**(Fonte: Estadão)


sábado, 4 de abril de 2015

O Policiamento do Politicamente Correto.

Em conversas com o pessoal de criação, tenho percebido um tema recorrente e que provoca muita reclamação entre os profissionais. É o tal do politicamente correto.

Não apenas pela questão moral, mas também pela comercial, ninguém seria louco de associar a sua marca a um evento racista, ou ao bullying, ou a qualquer ato de discriminação de minorias. Caso viesse acontecer, mesmo sem a intenção deliberada do autor, o projeto nem sairia da agência. Seria bloqueado na raiz. Isso é uma questão de bom senso.

Porém, o bom senso parece que não é uma qualidade que prospera no mundo. E especialmente em nosso país, onde o engajamento faz com que muita gente adore encontrar pelo em ovo.

Veja o caso da campanha da Skol para o carnaval deste ano. Na peça veiculada (foto abaixo), o texto dizia apenas: "ESQUECI O ‘NÃO’ EM CASA”.


Incomodadas com o mote, alegando machismo e apologia à violência contra a mulher, a publicitária Pri Ferrari e a jornalista Mila Alves, fizeram uma intervenção no anúncio e ganharam seus 15 minutos de fama, acendendo assim o debate na internet. Porém, como acontece com tudo neste país, de uns tempos para cá, o viral das moças se transformou em um verdadeiro Fla-Flu.

A Skol, para evitar estragos à imagem, decidiu substituir o anúncio. A cervejaria informou que a intenção era de estimular as pessoas a aceitar os convites da vida e aproveitar os bons momentos.

É evidente que esse era o tema da campanha, sem nenhum outro tipo de conotação. Apesar da maioria das propagandas de cerveja ter como foco o público masculino, nunca uma empresa cometeria a loucura de incentivar qualquer canalhice contra a mulher.

Se essa peça fosse veiculada há uma ou duas décadas, com certeza, não sofreria nenhum incomodo. Será que nos tornamos exigentes demais? Ou será que é prova de que estamos mais preconceituosos, no sentido em que, os conceitos incentivados pela nossa tribo nos faça ver chifres em cabeça de cavalo?

Antes que alguém se irrite comigo, mostro que mais gente pensa assim. O CONAR, órgão regulador da publicidade, veiculou um comercial dentro desse espirito. Nele, um casal está em um restaurante comendo feijoada e o homem chama o garçom para fazer uma reclamação: "Não entendi por que você separou o arroz do feijão. Por acaso você é a favor da segregação?", pergunta.

Para assistir o vídeo clique aqui.

A mulher reclama que a couve é o único alimento "feminino" do prato, uma vez que só há arroz, feijão e torresminho. "Isso é machismo", diz ela, que continua, “Sem contar o paio, que é uma conotação sexual de muito mau gosto”.

Ao final da peça, criada pela AlmapBBDO, o locutor diz que o Conar é responsável por regular a publicidade no Brasil e todos os dias recebe dezenas de reclamações. "Muitas são justas; outras, nem tanto. Confie em quem entende. Confie no Conar".

O comercial mostra com exagero o que ocorre em nosso dia-a-dia. Uma espécie de onda plebiscitária, onde você é obrigado a tomar uma posição - ou é a favor ou contra - sem uma terceira via. Ser opor às injustiças é correto. No entanto, o radicalismo também é injusto.

Já nos Estados Unidos, a Heineken brincou com as leis de regulamentação dos comerciais de cerveja. Para o lançamento da nova Heineken Light, a cervejaria trouxe o ator Neil Patrick Harris, que faz sucesso como Barney de “How I met your mother”. Em toda a campanha exibida no ano passado, o ator é impedido de beber e no comercial do link abaixo, Neil afirma que não pode beber em frente as cameras, mas que, bebe Heineken o dia inteiro, depois se corrige: o dia inteiro, não, às vezes, e vai brincando de forma politicamente correta até que na assinatura, o anunciante afirma que “Nenhuma cerveja foi consumida durante as gravações do comercial”

Pois é, vivemos em um mundo onde o policiamento ideológico transforma o ato mais inocente em uma perversão abominável.


Para assistir o vídeo clique aqui.













sábado, 14 de março de 2015

TOP 10 dos Virais: Primeiro Colocado

E o TOP 1 dos virais do YouTube vai para: Rovio. Rovio? Sim. A criadora do game Angry Birds. Apesar de não ser o meu favorito, este viral e seus oito irmãos foram os vídeos mais comentados e compartilhados na rede.

 

1º Colocado:

Cliente: Rovio

Produto: Angry Birds


A guerra entre Porcos e Pássaros tornou o nome Rovio famoso no mundo inteiro. A febre desse joguinho invadiu tablets, smartphones e computadores. O filme vencedor mostra o início da famosa guerra, dando a ela uma visão cinematográfica.