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domingo, 31 de maio de 2015

Mais Alguns Erros Que Não Devemos Cometer!

Caros(as) leitores(as), no mundo da mídia o que interessa é audiência. Por isso, devido ao retorno extraordinário do último post, decidi continuar navegando na onda e mostrar novos erros, não só da fábrica de Atlanta, mas também da concorrente.

Começando pela Pepsi. Em 1992, a empresa buscava atingir a geração saúde e criou uma nova cola sem cafeína, que por ser transparente, tinha um aspecto semelhante ao da água. Seu nome era Pepsi Crystal e a fabricante prometia manter o gosto da bebida tradicional, porém, com a vantagem de ser mais saudável.

No entanto, a promessa não se confirmou e a maior parte dos consumidores desaprovou o produto. Alegavam que sem cafeína, o refrigerante perdia sabor.  A Pepsi tradicional, e menos "saudável", continuou vendendo bem, porém, o mesmo não pode ser dito da Crystal, que em pouco tempo desapareceu do portfólio da empresa.


Outro erro da Pepsi, só que desta vez da filial brasileira. 

Já há algum tempo adotando o submisso slogan “Pode ser bom. Pode ser muito bom. Pode ser Pepsi” – um posicionamento a meu ver questionável para o histórico da marca – a Pepsico lançou a promoção “Pode ser Pepsi em dobro” que prometia entregar a cada consumidor, no momento da compra, o dobro do pedido. Restrita aos dias 10 e 11/09/2011 e aos supermercados participantes, o case virou exemplo de como não executar uma ação. Pelos cálculos da Ambev, distribuidora do produto, abastecer as lojas com quantidade suficiente para o consumo de um mês, bastaria para contemplar a procura pelo produto. Porém, nas primeiras horas da promoção, devido a grande adesão, alguns pontos de venda já reclamavam da falta do refrigerante.

De nada adiantou a Pepsi ter deixado claro que a ação valeria até o final do estoque. O público sentiu-se lesado, denunciando a marca tanto ao Procon, quanto a sites especializados em defesa do consumidor. Uma loja do Pão de Açúcar chegou a vender em dobro o refrigerante da concorrente Coca-Cola, apenas para acalmar os ânimos de quem buscava a promoção.

Em resumo, depois de enviar uma caixa cheia de latinhas a cada um dos 5 mil reclamantes, a Pepsi parece que aprendeu a lição. No ano seguinte, a empresa reeditou a promoção, tomando o cuidado de restringir a venda a 12 unidades pagas por CPF, o que deixou a situação mais administrável.


Mais um erro, agora da Coca. 

Lançada em 1985 nos EUA, a Cherry Coke chegou ao Brasil apenas em 1994. Além do novo sabor cereja, a marca aproveitava o fim da inflação, promovida pelo Plano Real, para comercializar o produto em máquinas de autoatendimento da marca.
Mesmo questionado por alguns colegas, nunca deixei que o otimismo inconsequente deixasse me dominar. A meu modo de ver, o profissional de marketing não é um ufanista, mas alguém que analisa a situação e está sempre pronto para mudar o rumo, se isso for necessário.

Com sabor mais adocicado, o que alguns associavam a Pepsi, o produto não obteve no país o mesmo sucesso alcançado no exterior.  Por conta disso, a Coca encerrou em 1998 a produção da Cherry  no Brasil e também desistiu de trazer a Vanilla Coke, que é um refrigerante cola sabor de baunilha, ainda comercializado nos EUA.

Motivos para o fiasco? O gosto de cereja, que ninguém reconhecia no produto, não agradou ao paladar do brasileiro e também o custo elevado em relação a outros refrigerantes da marca.

Pois, é. Nem sempre as coisas funcionam como a gente imagina. Trabalhar com tantas variáveis pode nos levar ao erro.



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segunda-feira, 18 de maio de 2015

O Maior Erro da Coca-Cola ou Não Tenha Medo de Reconhecer Quando Escolheu a Pior Solução.

Todos nós estamos arriscados a errar. Basta não ler de forma correta os dados de uma conjuntura para cairmos na cilada provocada por nós mesmos. Porém o importante é aprender com os erros e ter flexibilidade de inverter o resultado.

O desastre de uma leitura mal feita é sempre proporcional ao tamanho da empresa que nos contratou para esse trabalho. Quanto maior a empresa, maior será o erro cometido.

Para a poderosa Coca-Cola o dia 23 de abril de 1985, foi a data de seu maior erro e é lembrado pela empresa como o dia da infâmia.

O cenário da época era o seguinte, as vendas da Coca caíam, enquanto a Pepsi avançava nas ondas do sucesso de sua campanha Next Generation, que abusava da presença de popstars como Michael Jackson e Britney Spears, além de temas jovens, com comerciais cheios de irreverência e atitude. É o período conhecido como “A Guerra das Colas”.  

Em maio de 85, a Coca-Cola deu o passo mais importante de sua história e também o mais errado. Depois de 99 anos, a empresa abandonou a fórmula mundialmente consagrada e adotou a New Coke, algo mais próximo ao sabor da concorrente. Não foi uma decisão fácil, nem tão pouco mal planejada. Foram vários meses de testes, com mais de 200 mil consumidores pesquisados e que ao final preferiram o sabor da New Coke ao da Classic.

 Porém, depois de lançada a nova versão, o consumidor tradicional do produto não aceitou a mudança. Não era uma questão de sabor, mas sim de lembrança afetiva, algo arraigado desde a infância. Reza a lenda que um texano, quando soube da mudança, gastou mil dólares em latinhas da Coca tradicional, para ter estoque para vários anos de sua bebida predileta.

Diante da repercussão negativa, e com medo de perder mais espaço para a concorrente, a empresa não se importou de contornar o erro, trazendo de volta a Classic em apenas 79 dias após ter sido decretada a sua extinção. Quanto a New Coke, continuou sendo vendida, porém, teve a fabricação reduzida até desaparecer do mercado.

A lição que ficou é que um produto tão tradicional não pode ser avaliado apenas pelo seu sabor, bom ou ruim, mas pelas lembranças dos momentos felizes que ele marcou.



PS: Apenas uma rápida homenagem a D. Vergínia, minha mãe, que nos deixou no dia 07 de maio de 2015. Saudades e beijos.


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