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segunda-feira, 18 de maio de 2015

O Maior Erro da Coca-Cola ou Não Tenha Medo de Reconhecer Quando Escolheu a Pior Solução.

Todos nós estamos arriscados a errar. Basta não ler de forma correta os dados de uma conjuntura para cairmos na cilada provocada por nós mesmos. Porém o importante é aprender com os erros e ter flexibilidade de inverter o resultado.

O desastre de uma leitura mal feita é sempre proporcional ao tamanho da empresa que nos contratou para esse trabalho. Quanto maior a empresa, maior será o erro cometido.

Para a poderosa Coca-Cola o dia 23 de abril de 1985, foi a data de seu maior erro e é lembrado pela empresa como o dia da infâmia.

O cenário da época era o seguinte, as vendas da Coca caíam, enquanto a Pepsi avançava nas ondas do sucesso de sua campanha Next Generation, que abusava da presença de popstars como Michael Jackson e Britney Spears, além de temas jovens, com comerciais cheios de irreverência e atitude. É o período conhecido como “A Guerra das Colas”.  

Em maio de 85, a Coca-Cola deu o passo mais importante de sua história e também o mais errado. Depois de 99 anos, a empresa abandonou a fórmula mundialmente consagrada e adotou a New Coke, algo mais próximo ao sabor da concorrente. Não foi uma decisão fácil, nem tão pouco mal planejada. Foram vários meses de testes, com mais de 200 mil consumidores pesquisados e que ao final preferiram o sabor da New Coke ao da Classic.

 Porém, depois de lançada a nova versão, o consumidor tradicional do produto não aceitou a mudança. Não era uma questão de sabor, mas sim de lembrança afetiva, algo arraigado desde a infância. Reza a lenda que um texano, quando soube da mudança, gastou mil dólares em latinhas da Coca tradicional, para ter estoque para vários anos de sua bebida predileta.

Diante da repercussão negativa, e com medo de perder mais espaço para a concorrente, a empresa não se importou de contornar o erro, trazendo de volta a Classic em apenas 79 dias após ter sido decretada a sua extinção. Quanto a New Coke, continuou sendo vendida, porém, teve a fabricação reduzida até desaparecer do mercado.

A lição que ficou é que um produto tão tradicional não pode ser avaliado apenas pelo seu sabor, bom ou ruim, mas pelas lembranças dos momentos felizes que ele marcou.



PS: Apenas uma rápida homenagem a D. Vergínia, minha mãe, que nos deixou no dia 07 de maio de 2015. Saudades e beijos.


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