Dia, dia, dia e mais um dia.
Nada muda.
E a agonia continua,
Com a normalidade cada vez mais distante.
Somos emparedados pela hashtag irritante: FiqueEmCasa
Sinônimo de prisão domiciliar, sem direito a trabalhar,
Mofados e condenados à sede da mídia a gritar:
“Morrem, morrem, morrem”.
Submissa à contaminação iminente.
A Justiça assombra ao libertar todo tipo de gente,
De corrupto a traficante, vai o réu arrogante,
Saindo pela porta da frente.
Nos palácios, governante peita governante, cada um ciente de sua missão,
Pois, sem a licitação que os reprove, tudo como antes,
Enchem os bolsos com o perdão da covid19.
E a nós o que resta? Esperar a cura sem pressa,
o desemprego, a falência, a fome ou a sina funesta?
O que chegar primeiro, seja em Novembro, Dezembro ou Janeiro. A certeza é que um dia sairemos dessa.
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