segunda-feira, 11 de maio de 2020

2020

Dia, dia, dia e mais um dia.

Nada muda.

E a agonia continua,

Com a normalidade cada vez mais distante.

Somos emparedados pela hashtag irritante:  FiqueEmCasa

Sinônimo de prisão domiciliar, sem direito a trabalhar,

Mofados e condenados à sede da mídia a gritar:

“Morrem, morrem, morrem”.

Submissa à contaminação iminente.

A Justiça assombra ao libertar todo tipo de gente,

De corrupto a traficante, vai o réu arrogante,

 Saindo pela porta da frente.

Nos palácios, governante peita governante, cada um ciente de sua missão,

Pois, sem a licitação que os reprove, tudo como antes,

Enchem os bolsos com o perdão da covid19.

E a nós o que resta? Esperar a cura sem pressa,

o desemprego, a falência, a fome ou a sina funesta?

O que chegar primeiro, seja em Novembro, Dezembro ou Janeiro. A certeza é que um dia sairemos dessa.

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